2 de jun. de 2021

Atendendo reivindicação do professor Iderlindo Lopes Deputado Federal Flaviano Melo destina mais de 700 mil reais para Rodrigues Alves

     


O deputado federal Flaviano Melo (MDB) destinou através de reivindicação do professor Iderlindo Lopes mais de 700 mil reais para serem investidos no município na área da saúde, educação e produção agrícola. O deputado teve uma expressiva votação em Rodrigues Alves na eleição de 2018 e, hoje é o segundo parlamentar que mais alocou recursos na cidade, perdendo apenas para sua colega de partido Jéssica Sales.

    Os recursos que são de emendas parlamentares foram destinadas para Apoio à Manutenção de Unidades Básicas de Saúde – PAB; aquisição de um Trator Agrícola para atender os produtores das comunidades do Arco-íris e Igarapé do Meio; no campo da educação a verba é para aquisição de quadriciclos que possibilitarão a secretaria municipal de educação atender com mais qualidade a sua rede de ensino na zona rural.

    


Segundo o professor Iderlindo Lopes este é mais um compromisso do deputado Flaviano Melo com o município, independente de quem esteja na gestão. “Não ocupo cargo político, mas sou cidadão desta cidade e vou sempre buscar melhorias para nosso povo. Quando estive na secretaria municipal de educação busquei a aquisição dos quadriciclos, mas não foi possível. No entanto agora vai ser. Ganha a secretaria, mas ganha principalmente o educador e o aluno que está lá no final do ramal precisando de suporte. E claro não poderia deixar de parabenizar a prefeitura na pessoa do prefeito Jailson Amorim por ter mantido a prefeitura em condições de receber tais investimentos. O que puder fazer para ajudar estarei aqui sempre reivindicando como cidadão. Obrigado ao meu amigo Flaviano por ter nos atendido mais uma vez".

    Os recursos estarão disponíveis de acordo com a liberação das emendas parlamentares do ano 2021 junto aos ministérios cabendo ao município apenas agilizar a parte burocrática concernentes a este tipo de investimento.




Descobre um santo para cobrir outro: governo desloca médico de Rodrigues Alves para atender Marechal Thaumaturgo

   


 A solução encontrada pelo governo do estado para atender a população de Marechal Thaumaturgo foi deslocar um médico de Rodrigues Alves .

    Ocorre que dos 4 médicos lotados em Rodrigues Alves, um está de licença médica. O que significa que o deslocamento de outro profissional para Marechal Thaumaturgo, Rodrigues Alves ficou com apenas dois profissionais.

    A redução do número de médicos já se faz sentir. A população de Rodrigues Alves está reclamando que não consegue atendimento.

    “Entendemos a necessidade de Marechal Thaumaturgo, mas o governo do estado tem que encontrar uma solução definitiva. Não pode tirar médico de um município para atender outro. Estamos mais do que nunca necessitados desses profissionais, afinal estamos no meio de uma pandemia”, disse a vereadora Terezinha Fernandes (PCdoB), sobre quem desaguam as reclamações da população.

    O médico de Rodrigues Alves foi deslocado para Marechal Thaumaturgo depois da morte de uma parturiente que não teve atendimento médico durante o parto. A moça foi atendida pela equipe técnica sob a orientação por telefone de um médico que estava em Cruzeiro do Sul, a quase 200 km de distância. 

    O médico que está em Marechal Thaumaturgo tem o retorno previsto para Rodrigues Alves  em 15 dias.

Por: https://acreinfoco.com


27 de mai. de 2021

Quinta da Josy: NÃO SERIA MAIS FÁCIL SER FIEL? (Parte I)

 


Mais uma vez Liam chegou tarde em casa, como muitas noites em seus anos de casamento. Qual seria a desculpa que usaria dessa vez? Fechou a porta, foi até seu quarto e contemplou sua esposa dormindo. Ela parecia um anjo, tão doce, tão linda, tão sua, tão servil.

Aquele estranhamento que tomou conta do seu ser, era tão inquietante. Liam, tomou seu banho, foi até a cozinha, viu aquele mesmo bilhete, que tantas vezes encontrou na mesa: “seu jantar está no micro-ondas”. Jantou, sentou na sua poltrona favorita e acendeu um cigarro.

Ali, naquele momento tão singular, viu um filme passar em sua memória, aquelas reminiscências quase arrancaram dele um arrependimento. Acendeu outro cigarro, foi até a janela, observou por alguns instantes o movimento da rua, voltou e novamente sentou na sua poltrona.

Cerrou as pálpebras e recostou a cabeça. Começou a pensar naquela rotina de infidelidades, nas conversas que diariamente deletara do seu telefone, antes de voltar para casa, das desculpas que usara para deixar uma senha em seu celular, dos truques necessários para não chegar em casa com cheiro de motel, dos carros emprestados, alugados que tornaram seus encontros errantes possíveis e tantas e tantas vezes que arriscara a paz de seu lar por causa de mulheres, simplesmente outras mulheres. Melhores, piores que a sua? Diferentes, apenas diferentes, no sentido que lhe convém vê-las.

Naquele mergulho interior, Liam, olhou tão profundamente para dentro do seu “eu” e se questionou: NÃO SERIA MAIS FÁCIL SER FIEL?  Levar uma vida leviana é muito trabalhoso, é muito arriscado e é muito cruel com aquela que rotineiramente faz com que eu me sinta o homem mais amado, mais desejado, mais cuidado. E se um dia ela se cansasse de tudo isso? Não, não poderia imaginar viver sem sua esposa maravilhosa. Só de pensar em tal hipótese sentia com se uma espada transpassasse sua alma. Não viveria em mundo no qual ela não existisse.

Se era amor que Liam sentia, não sei. Talvez fosse, a sua maneira, se é que existem maneiras de amar. O fato é que Liam, apesar de todos os seus encontros levianos, idolatrava sua esposa, sua companheira, aquela com quem frequentava todos os lugares da sociedade, com quem sentia orgulho de andar de mãos dadas e apresentar como sua doce e admirável esposa.

Sua vida me parece tão controversa, tão indecifrável, me sinto incapaz de fazer qualquer julgamento, porém de uma coisa tenho certeza: depois do exame de consciência que Liam fez naquela noite, certamente não seria o mesmo. Se ainda trairia sua esposa? Não arriscaria dizer.

Liam terminou de dar a última tragada, escovou os dentes, deitou ao lado de sua bela e angelical esposa e dormiu com ela bem agarradinho, o sono dos amantes. Era só mais uma noite normal. 

 Próxima quinta-feira tem a continuação!

Por Josy Matos 

 

 

20 de mai. de 2021

Quinta da Josy: VIDAS FRUSTRADAS


Era uma noite escura e fria e lá fora indiferente a neblina que caia, estava um casal sentado no banco do parquinho. Liza começou a observá-los, sentou-se na sacada e ao contemplar aquele espetáculo noturno, não pelo casal, pela beleza da lua ou das estrelas, porque não havia nada reluzente no céu, mas pela escuridão quase espectral envolta naquela neblina branca e fria.


Olhou ao seu redor e se deu conta de que estava sozinha, de que na verdade sempre estivera sozinha, mas isso de modo algum lhe causou melancolia, estranheza ou solidão. Solidão é algo bom, pensava Liza, sozinha eu me encontro, me vejo, me sinto, me compreendo e me aceito. Não, ela não precisava de mais ninguém.

Liza acendeu um cigarro e envolta naquela atmosfera silenciosa, um silencio tão gritante, começou a pensar em suas amigas, nas vidas frustradas da maioria delas. Eram mulheres tão ricas, bem-sucedidas, tinham tudo que o dinheiro poderia comprar, mas tão secas, em uma busca constante de significado para a vida. Nenhum luxo era capaz de preencher o vazio existencial daquelas mulheres. Eu não desejaria uma vida dessas, pensou Liza.


Volvendo-se novamente para a neblina que caia, misturando-se àquela penumbra dura e branda, Liza lembrava das histórias, dos desabafos e por um momento sentiu pena daquelas mulheres que viviam de falsas aparências. Quantas confissões ela ouviu, com tanta ternura, daquelas almas tão carentes de si mesmo.

Lembrava de uma amiga muito jovem que lhe confessou certa vez, que não sentia mais amor e nem prazer em seu casamento, porém tinha que frequentar os espaços mais finos, com aquele belo sorriso exposto, ao lado de seu marido, mas ao chegar em casa desmoronava e chorava incessantemente trancada no banheiro. Por que se permitia viver de forma tão frustrante e amargurada? Liza não ousava pensar.


Lembrou consternada da sua amiga de infância que sofria constantes traições do marido, mas não poderia deixa-lo, não conseguiria viver sozinha, necessitava da companhia dele para se sentir segura, Liza nem lembra quantos drinks tomaram, enquanto sua amiga se derramava em sua presença. Nesse momento gotinhas de tristeza invadiram o ser de Liza.


E o que dizer daquela outra amiga que há exatamente dois anos quase não falava com seu companheiro? Dormiam em quartos separados, e muitas vezes era obrigada a ouvir os gemidos do parceiro com outras mulheres do outro lado da parede? Realidade cortante, mas confessava para Liza que seus pais haviam morrido, não tinha mais ninguém na vida e pelo menos ali nada lhe faltava materialmente. Liza sentia como se sua amiga já tivesse morta há anos.

Divagando nesses pensamentos torturantes, Liza levantou-se, acendeu mais um cigarro, pegou seu café quentinho, voltou para a sacada e refletiu sobre todas as histórias que ouviu e egoisticamente, talvez, se sentiu feliz por estar sozinha, por não precisar de absolutamente ninguém para se sentir completa, ela se bastava.


Liza terminou seu café, deu o último trago no cigarro, e se surpreendeu ao ver que o casal ainda estava lá no banquinho, agora abraçando-se e beijando-se, pareciam tão cúmplices que por um instante ela quase acreditou em finais felizes.

 

 

Por JOSY MATOS

2 de jun. de 2021

Atendendo reivindicação do professor Iderlindo Lopes Deputado Federal Flaviano Melo destina mais de 700 mil reais para Rodrigues Alves

     


O deputado federal Flaviano Melo (MDB) destinou através de reivindicação do professor Iderlindo Lopes mais de 700 mil reais para serem investidos no município na área da saúde, educação e produção agrícola. O deputado teve uma expressiva votação em Rodrigues Alves na eleição de 2018 e, hoje é o segundo parlamentar que mais alocou recursos na cidade, perdendo apenas para sua colega de partido Jéssica Sales.

    Os recursos que são de emendas parlamentares foram destinadas para Apoio à Manutenção de Unidades Básicas de Saúde – PAB; aquisição de um Trator Agrícola para atender os produtores das comunidades do Arco-íris e Igarapé do Meio; no campo da educação a verba é para aquisição de quadriciclos que possibilitarão a secretaria municipal de educação atender com mais qualidade a sua rede de ensino na zona rural.

    


Segundo o professor Iderlindo Lopes este é mais um compromisso do deputado Flaviano Melo com o município, independente de quem esteja na gestão. “Não ocupo cargo político, mas sou cidadão desta cidade e vou sempre buscar melhorias para nosso povo. Quando estive na secretaria municipal de educação busquei a aquisição dos quadriciclos, mas não foi possível. No entanto agora vai ser. Ganha a secretaria, mas ganha principalmente o educador e o aluno que está lá no final do ramal precisando de suporte. E claro não poderia deixar de parabenizar a prefeitura na pessoa do prefeito Jailson Amorim por ter mantido a prefeitura em condições de receber tais investimentos. O que puder fazer para ajudar estarei aqui sempre reivindicando como cidadão. Obrigado ao meu amigo Flaviano por ter nos atendido mais uma vez".

    Os recursos estarão disponíveis de acordo com a liberação das emendas parlamentares do ano 2021 junto aos ministérios cabendo ao município apenas agilizar a parte burocrática concernentes a este tipo de investimento.




Descobre um santo para cobrir outro: governo desloca médico de Rodrigues Alves para atender Marechal Thaumaturgo

   


 A solução encontrada pelo governo do estado para atender a população de Marechal Thaumaturgo foi deslocar um médico de Rodrigues Alves .

    Ocorre que dos 4 médicos lotados em Rodrigues Alves, um está de licença médica. O que significa que o deslocamento de outro profissional para Marechal Thaumaturgo, Rodrigues Alves ficou com apenas dois profissionais.

    A redução do número de médicos já se faz sentir. A população de Rodrigues Alves está reclamando que não consegue atendimento.

    “Entendemos a necessidade de Marechal Thaumaturgo, mas o governo do estado tem que encontrar uma solução definitiva. Não pode tirar médico de um município para atender outro. Estamos mais do que nunca necessitados desses profissionais, afinal estamos no meio de uma pandemia”, disse a vereadora Terezinha Fernandes (PCdoB), sobre quem desaguam as reclamações da população.

    O médico de Rodrigues Alves foi deslocado para Marechal Thaumaturgo depois da morte de uma parturiente que não teve atendimento médico durante o parto. A moça foi atendida pela equipe técnica sob a orientação por telefone de um médico que estava em Cruzeiro do Sul, a quase 200 km de distância. 

    O médico que está em Marechal Thaumaturgo tem o retorno previsto para Rodrigues Alves  em 15 dias.

Por: https://acreinfoco.com


27 de mai. de 2021

Quinta da Josy: NÃO SERIA MAIS FÁCIL SER FIEL? (Parte I)

 


Mais uma vez Liam chegou tarde em casa, como muitas noites em seus anos de casamento. Qual seria a desculpa que usaria dessa vez? Fechou a porta, foi até seu quarto e contemplou sua esposa dormindo. Ela parecia um anjo, tão doce, tão linda, tão sua, tão servil.

Aquele estranhamento que tomou conta do seu ser, era tão inquietante. Liam, tomou seu banho, foi até a cozinha, viu aquele mesmo bilhete, que tantas vezes encontrou na mesa: “seu jantar está no micro-ondas”. Jantou, sentou na sua poltrona favorita e acendeu um cigarro.

Ali, naquele momento tão singular, viu um filme passar em sua memória, aquelas reminiscências quase arrancaram dele um arrependimento. Acendeu outro cigarro, foi até a janela, observou por alguns instantes o movimento da rua, voltou e novamente sentou na sua poltrona.

Cerrou as pálpebras e recostou a cabeça. Começou a pensar naquela rotina de infidelidades, nas conversas que diariamente deletara do seu telefone, antes de voltar para casa, das desculpas que usara para deixar uma senha em seu celular, dos truques necessários para não chegar em casa com cheiro de motel, dos carros emprestados, alugados que tornaram seus encontros errantes possíveis e tantas e tantas vezes que arriscara a paz de seu lar por causa de mulheres, simplesmente outras mulheres. Melhores, piores que a sua? Diferentes, apenas diferentes, no sentido que lhe convém vê-las.

Naquele mergulho interior, Liam, olhou tão profundamente para dentro do seu “eu” e se questionou: NÃO SERIA MAIS FÁCIL SER FIEL?  Levar uma vida leviana é muito trabalhoso, é muito arriscado e é muito cruel com aquela que rotineiramente faz com que eu me sinta o homem mais amado, mais desejado, mais cuidado. E se um dia ela se cansasse de tudo isso? Não, não poderia imaginar viver sem sua esposa maravilhosa. Só de pensar em tal hipótese sentia com se uma espada transpassasse sua alma. Não viveria em mundo no qual ela não existisse.

Se era amor que Liam sentia, não sei. Talvez fosse, a sua maneira, se é que existem maneiras de amar. O fato é que Liam, apesar de todos os seus encontros levianos, idolatrava sua esposa, sua companheira, aquela com quem frequentava todos os lugares da sociedade, com quem sentia orgulho de andar de mãos dadas e apresentar como sua doce e admirável esposa.

Sua vida me parece tão controversa, tão indecifrável, me sinto incapaz de fazer qualquer julgamento, porém de uma coisa tenho certeza: depois do exame de consciência que Liam fez naquela noite, certamente não seria o mesmo. Se ainda trairia sua esposa? Não arriscaria dizer.

Liam terminou de dar a última tragada, escovou os dentes, deitou ao lado de sua bela e angelical esposa e dormiu com ela bem agarradinho, o sono dos amantes. Era só mais uma noite normal. 

 Próxima quinta-feira tem a continuação!

Por Josy Matos 

 

 

20 de mai. de 2021

Quinta da Josy: VIDAS FRUSTRADAS


Era uma noite escura e fria e lá fora indiferente a neblina que caia, estava um casal sentado no banco do parquinho. Liza começou a observá-los, sentou-se na sacada e ao contemplar aquele espetáculo noturno, não pelo casal, pela beleza da lua ou das estrelas, porque não havia nada reluzente no céu, mas pela escuridão quase espectral envolta naquela neblina branca e fria.


Olhou ao seu redor e se deu conta de que estava sozinha, de que na verdade sempre estivera sozinha, mas isso de modo algum lhe causou melancolia, estranheza ou solidão. Solidão é algo bom, pensava Liza, sozinha eu me encontro, me vejo, me sinto, me compreendo e me aceito. Não, ela não precisava de mais ninguém.

Liza acendeu um cigarro e envolta naquela atmosfera silenciosa, um silencio tão gritante, começou a pensar em suas amigas, nas vidas frustradas da maioria delas. Eram mulheres tão ricas, bem-sucedidas, tinham tudo que o dinheiro poderia comprar, mas tão secas, em uma busca constante de significado para a vida. Nenhum luxo era capaz de preencher o vazio existencial daquelas mulheres. Eu não desejaria uma vida dessas, pensou Liza.


Volvendo-se novamente para a neblina que caia, misturando-se àquela penumbra dura e branda, Liza lembrava das histórias, dos desabafos e por um momento sentiu pena daquelas mulheres que viviam de falsas aparências. Quantas confissões ela ouviu, com tanta ternura, daquelas almas tão carentes de si mesmo.

Lembrava de uma amiga muito jovem que lhe confessou certa vez, que não sentia mais amor e nem prazer em seu casamento, porém tinha que frequentar os espaços mais finos, com aquele belo sorriso exposto, ao lado de seu marido, mas ao chegar em casa desmoronava e chorava incessantemente trancada no banheiro. Por que se permitia viver de forma tão frustrante e amargurada? Liza não ousava pensar.


Lembrou consternada da sua amiga de infância que sofria constantes traições do marido, mas não poderia deixa-lo, não conseguiria viver sozinha, necessitava da companhia dele para se sentir segura, Liza nem lembra quantos drinks tomaram, enquanto sua amiga se derramava em sua presença. Nesse momento gotinhas de tristeza invadiram o ser de Liza.


E o que dizer daquela outra amiga que há exatamente dois anos quase não falava com seu companheiro? Dormiam em quartos separados, e muitas vezes era obrigada a ouvir os gemidos do parceiro com outras mulheres do outro lado da parede? Realidade cortante, mas confessava para Liza que seus pais haviam morrido, não tinha mais ninguém na vida e pelo menos ali nada lhe faltava materialmente. Liza sentia como se sua amiga já tivesse morta há anos.

Divagando nesses pensamentos torturantes, Liza levantou-se, acendeu mais um cigarro, pegou seu café quentinho, voltou para a sacada e refletiu sobre todas as histórias que ouviu e egoisticamente, talvez, se sentiu feliz por estar sozinha, por não precisar de absolutamente ninguém para se sentir completa, ela se bastava.


Liza terminou seu café, deu o último trago no cigarro, e se surpreendeu ao ver que o casal ainda estava lá no banquinho, agora abraçando-se e beijando-se, pareciam tão cúmplices que por um instante ela quase acreditou em finais felizes.

 

 

Por JOSY MATOS