José Francisco Pinheiro de Araujo, 27, foi encontrado morto por vizinhos na residência onde morava, na manha desta sexta feira (25), enforcado com uma corda. O auxiliar de pedreiro morava em um pequeno quarto construído atrás da casa da ex-mulher. Na noite de quinta-feira sua ex-mulher saiu para casa de uma tia e o chamou para acompanhá-la, mas ele disse que queria ficar sozinho, ocasião que aproveitou para tirar a própria vida.
Damiana Silva, prima de Jose Francisco, disse que ela já tinha tentado suicídio outras vezes e nunca tinha conseguido porque os vizinhos viam e não deixavam que ele concluísse o suicídio e afirmou ainda que o auxiliar de pedreiro tinha dito que na próxima vez que tentasse tirar a própria vida ninguém ia intervir na sua decisão.
“Chico”, como era conhecido na comunidade, dizia que via uma pessoa que estava sempre lhe pedindo para que ele se suicidasse. “Ele dizia para todo mundo que sentia pessoas perto dele pedindo para ele se matar. As vezes ele estava conversando com a gente, se assustava e perguntava quem era que estava lhe beliscando . Mas, nunca ninguém acreditou que ele fosse fazer isso”, explicou a prima.
O pedreiro Valdecidio Nascimento de Souza, 32, disse que Chico era seu auxiliar na construção Civil e que nas conversas que eles tinham sempre ele falava sobre essas visões estranhas que tinha. “Ele comentava que ouvia vozes pedindo para se suicidar, sentia alguém assoprando em seu ouvido e não podia ver uma corda que já tinha vontade de amarrar no pescoço”, disse.
Segundo Valdecidio estava levando Chico para uma igreja e pensava que ele estava ficando melhor. “Antes disso ele me disse que quando tentou se suicidar pela primeira vez foi porque estava sentindo saudade da família. Ele morava só, pois seu pai, mãe e os irmãos moram todos no seringal. Foi quando chamei ele ir para a igreja. Ele já falava que estava se sentindo bem. Não esperava que ele fosse fazer isso” comentou.
O corpo de Auxiliar de pedreiro foi conduzido ao Instituto Médico Legal (IML) para a necropsia e será liberado para a família ainda hoje.
www.vozdonorte.com.br - Francisco Rocha - Fotos Neto Costa
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