A diretora Adriana Moura do Nascimento
estava no centro da cidade quando foi informada que a unidade de ensino
estava em chamas. Eram 5 da tarde, mas ela acredita que o fogo teve
inicio bem antes e só foi percebido quando praticamente todo material
armazenado no almoxarifado já que estava sendo consumido.
“Cheguei aqui e a escola já estava toda
isolada pelos bombeiros que trabalhavam para apagar o fogo. Eles
chegaram logo e por isso não tivemos um prejuízo ainda maior” – afirmou
Adriana.
Na sala eram guardados a maior parte do
arquivo da escola, materiais didáticos e de consumo. Havia também os
uniformes esportivos, bolas e outros materiais que eram utilizados pelos
alunos nas atividades esportivas. Cinco botijas de gás de conzinha que
eram estocas no local foram atingidas pelo fogo e, segundo o Corpo de
Bombeiros, só não explodiram porque eram equipadas com válvulas de
segurança.
Do almoxarifado as chamas ainda se
propagaram para uma sala de aula queimando parte do telhado e do forro e
para outra sala ao lado que servia de dispensa. Após a contenção das
chamas e o resfriamento das outras dependências para evitar o
superaquecimento do prédio, as paredes do local afetado pelo fogo
começaram a apresentar rachaduras.
Por esse motivo, o Corpo de Bombeiros
decidiu interditar a escola até que seja feita uma reforma do prédio. A
diretora afirmou que a Secretaria de Educação já anunciou que os reparos
devem começar esta semana. Enquanto isso, as aulas foram suspensas.
“Nossa maior preocupação agora é com o
material didático e de consumo que queimou todo e temos que encontrar
uma forma de repor tudo para o reinício das aulas. Além disso, tivemos
um grande prejuízo com os documentos que foram queimados e perdemos
informações importantes sobre os professores e alunos que eram
arquivados desde a fundação da escola na década de 1970” – relatou a
diretora.
As causas
Até agora ainda não se sabe como o
incêndio na escola Absolon Moreira teve início. Segundo a diretoria, o
laudo da perícia só deve ser concluído em um prazo de vinte dias.
Entretanto, os funcionários e a direção levantam a hipótese de que as
constantes quedas de energia elétrica no bairro tenham ocasionado
problemas na instalação do prédio.
“Todos os dias tem queda de energia
nesse bairro que causam prejuízos na escola. Em julho alguns
equipamentos, entre esses um data show, foram queimados. Na semana
passada durante duas vezes em que a energia caiu, todas as lâmpadas de
dois pavilhões queimaram” – disse Adriana.
Tribuna do Juruá – Da redação
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