24 de jun. de 2016

Idaf checa denúncia sobre uso de produtos cancerígenos em hortaliças na região do Juruá

Uma equipe do Instituto de Defesa Agroflorestal do Acre (Idaf) esteve em Cruzeiro do Sul nesta quarta-feira (22), visitando propriedades rurais, para investigar denúncia sobre possível uso de produtos veterinários em plantações de verduras e hortaliças. Apesar de não terem flagrado tais irregularidades, os fiscais do órgão ouviram relatos de produtores que admitiram já terem aplicado pelo menos dois tipos de produtos de uso animal nas plantações.
De acordo com o coordenador de fiscalização de agrotóxicos do Idaf, Oder Gurgel, a denúncia informava sobre a aplicação de barrage (inseticida usado para combater carrapato) e butox utilizado com a mesma finalidade. São produtos cuja composição envolve deltametrina e cipermetrina respectivamente, exclusivos para uso veterinário. “Felizmente ou infelizmente nós não encontramos embalagens ou alguém fazendo a aplicação, mas alguns produtores nos relataram já terem utilizado esses produtos por não encontrarem no mercado local os  adequados para agricultura”, explica.
Os inseticidas veterinários estariam sendo utilizados em plantações de tomate, alface, pipino, entre outras. Gurgel deixa claro que produtos com o mesmo princípio ativo são utilizados na agricultura orgânica, porém, o efeito dura poucos dias.
“O alface, por exemplo, que é colhido em 20 ou 25 dias após o plantio se tiver a aplicação desses produtos a pessoa estará consumindo um produto altamente contaminado. Alguns aplicaram por inocência porque eles mesmos consumiram, outros não consumiram apenas comercializaram. São produtos que em grandes quantidades no organismo podem causar câncer, perda de visão, e afeta sistema nervoso”, alerta.
Segundo o Idaf, o caso já foi informado ao Ministério Público Estadual e a Vigilância Sanitária do Estado. Os fiscais visitaram também, lojas agropecuárias para identificar possíveis vendas irregulares desses produtos. Em Cruzeiro do Sul apenas uma loja está autorizada a comercializar tais itens de uso veterinário. O Idaf informou ainda, que está firmando um convênio de cooperação técnica com a Vigilância Sanitária Estadual com o objetivo de realizar análises em verduras e hortaliças produzidas na região para identificar possíveis contaminações com produtos veterinários.
Por Genival Moura

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24 de jun. de 2016

Idaf checa denúncia sobre uso de produtos cancerígenos em hortaliças na região do Juruá

Uma equipe do Instituto de Defesa Agroflorestal do Acre (Idaf) esteve em Cruzeiro do Sul nesta quarta-feira (22), visitando propriedades rurais, para investigar denúncia sobre possível uso de produtos veterinários em plantações de verduras e hortaliças. Apesar de não terem flagrado tais irregularidades, os fiscais do órgão ouviram relatos de produtores que admitiram já terem aplicado pelo menos dois tipos de produtos de uso animal nas plantações.
De acordo com o coordenador de fiscalização de agrotóxicos do Idaf, Oder Gurgel, a denúncia informava sobre a aplicação de barrage (inseticida usado para combater carrapato) e butox utilizado com a mesma finalidade. São produtos cuja composição envolve deltametrina e cipermetrina respectivamente, exclusivos para uso veterinário. “Felizmente ou infelizmente nós não encontramos embalagens ou alguém fazendo a aplicação, mas alguns produtores nos relataram já terem utilizado esses produtos por não encontrarem no mercado local os  adequados para agricultura”, explica.
Os inseticidas veterinários estariam sendo utilizados em plantações de tomate, alface, pipino, entre outras. Gurgel deixa claro que produtos com o mesmo princípio ativo são utilizados na agricultura orgânica, porém, o efeito dura poucos dias.
“O alface, por exemplo, que é colhido em 20 ou 25 dias após o plantio se tiver a aplicação desses produtos a pessoa estará consumindo um produto altamente contaminado. Alguns aplicaram por inocência porque eles mesmos consumiram, outros não consumiram apenas comercializaram. São produtos que em grandes quantidades no organismo podem causar câncer, perda de visão, e afeta sistema nervoso”, alerta.
Segundo o Idaf, o caso já foi informado ao Ministério Público Estadual e a Vigilância Sanitária do Estado. Os fiscais visitaram também, lojas agropecuárias para identificar possíveis vendas irregulares desses produtos. Em Cruzeiro do Sul apenas uma loja está autorizada a comercializar tais itens de uso veterinário. O Idaf informou ainda, que está firmando um convênio de cooperação técnica com a Vigilância Sanitária Estadual com o objetivo de realizar análises em verduras e hortaliças produzidas na região para identificar possíveis contaminações com produtos veterinários.
Por Genival Moura

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