Uma morte que ninguém sentiu

A morte aconteceu nesta sexta-feira (04) por volta das 17h no município de Rodrigues Alves (AC), próximo ao Colégio Padre Trindade, mas precisamente na ladeira do antigo “S”. Marvison Nascimento de Mendonça, 28, conhecido por “Bactéria”, foi morto com uma faca pelo idoso José Lino da Silva, 75. Até aqui tudo pode parecer uma covardia e uma desumanidade, mas a coisa não é bem assim, seu Zé Lino (o praticante do crime) foi covardemente agredido pelo vulgo Bactéria e mais um comparsa que tentavam roubar o mesmo. Depois da surra o mesmo conseguiu pegar uma faca de mesa e desferiu o golpe fatal no pescoço da vitima. Segundo relatos o senhor tentou ir a casa pegar uma espingarda para tentar pegar o segundo meliante que se evadiu do local.

Ao contrário do que foi noticiado pelos sites da região o senhor José Lino não matou por causa de um ingá, mas sim para se defender das agressões sofridas. O falecido era dono de uma ficha criminal sem tamanho, em Cruzeiro do Sul, mas precisamente no Bairro São José, tocava o terror e cerca de 4 meses estava morando em Rodrigues Alves onde já havia aprontado e muito. Por exemplo na noite anterior ao crime ele havia assaltado uma criança de 11 anos com uma faca levando da pequena seu celular após ameaçar a mesma seguidas vezes. Em seu bairro fazia limpeza em todos os quintais e casas que conseguia adentrar.

Diante disso, sei que parece desumano, mas todos reverenciaram o velhinho corajoso pelo ato nobre. Essa morte ninguém sentiu, nem mesmo os familiares, pois segundo seu avô já deveria ter acontecido há mais tempo. Prova disso é que durante todo o velório não se via um gesto de emoção nos presentes. Presentes esses que se somados todas as horas que durou não chegam a cem. Fala de um presente: “Rodrigues Alves se livrou de uma praga”.